O jornalismo e os clichês da profissão

#quemnunca O jovem jornalista, recém saído da faculdade, começa a trabalhar na Redação. Passam-se uns dois ou três anos e diz: “Tudo o que aprendi sobre jornalismo foi na prática da Redação. A Redação para mim foi uma escola. Não aprendi *nada* na faculdade!”. (Coitado de seus professores, que tanto se esmeraram para debater em sala de aula as nobres questões sobre o jornalismo). Bem, mas lá pelos trinta anos (ou até menos), aquele mesmo jovem jornalista, agora um pouco mais maduro, começa a repensar seu contexto de trabalho e a reverberar por aí: “A Redação nos emburrece. Só trabalho com as mãos, não reflito mais. Meu trabalho é mecânico. Todo dia a mesma coisa, os mesmos processos. Está tudo errado. Preciso voltar à universidade. Preciso voltar a estudar. Quero fazer uma pós”. Pois é. São os clichês da profissão. Talvez de todas, né?

 

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Quer construir uma equipe de jornalismo de dados?

Imagem: Map Portraits by Ed Fairburn on design-dautore.com.
Imagem: Map Portraits by Ed Fairburn on design-dautore.com.

Você vai precisar de três perfis, segundo Rich Gordon, professor e diretor da Digital Innovation, Medill School of Journalism. Durante a conferência na Sociedade Americana de Editores de Notícias em Washington, ele argumentou que os líderes de notícias precisam pensar sobre as três dimensões do jornalismo de dados – e três tipos diferentes de habilidades no jornalismo. São os perfis: a) um repórter que saiba trabalhar com “computer-assisted reporting” (CAR), b) um desenvolvedor de aplicações web (alguém que venha da computação e saiba trabalhar com a visão jornalística) e c) um especialista em visualização de dados.

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Fonte: http://knightlab.northwestern.edu/2013/06/28/want-to-build-a-data-journalism-team-youll-need-these-three-people/

Aplicativos de Firefox para jornalistas

Compartilho com os colegas o meu “top 5” de add-ons de Firefox. São complementos criados para o navegador que certamente podem facilitar e muito a vida de jornalistas e também pesquisadores e estudantes de jornalismo. Vamos lá:

1) Gnosis
Este é nota 10. Tenho apresentado o ClearForestGnosis nas minhas palestras sobre “Jornalismo 3.0”. Porque realmente é o tipo do aplicativo que antecipa de uma forma já concreta o poder que terá a web semântica. Ele faz uma varredura na página, identificando e inserindo automaticamente links em palavras de pessoas, cidades, empresas, organizações e não só. Útil sobretudo para APURAÇÃO de informações na web.

2)  Fireshot
Aplicativo que captura telas e deixa fazer anotações. Útil para REGISTRAR (documentar) páginas web, capturá-las e inseri-las em apresentações.

3) GTD Inbox
Transforma os emails  do GMAIL em tarefas. O aplicativo gera a lista de afazeres automaticamente a partir das próprias mensagens.  Bom para ORGANIZAR, por exemplo, entrevistas que estejam sendo realizadas por correio eletrônico. Segue a filosofia de produtividade do “Getting Things Done” criada por David Allen.

4) delicious bookmarks
Clássico. Ótimo para ir guardando aquele monte de links de reportagens, artigos e outros materiais interessantes que ajudam o nosso trabalho cotidiano. O aplicativo integra os bookmarks e as tags do delicious com o Firefox e os mantém facilmente acessíveis.

5) Interclue
Quer saber o que há por trás dos links?  O Interclue mostra o caminho sem que você precise clicar no link. Fantásico para inibir o “efeito de pandora” dos cliques. Economiza o nosso tempo.


Outras dicas valiosas que chegaram via Twitter:

Dica do Dauro:
dauroveras
@danibertocchi boa ideia! duas s
ugestões pra sua lista: delicious bookmarks e hyperwords.

Dica do Murilo:
murilopinto
@danibertocchi http://tr.im/ekiw Apesar que discordo de algumas.

Dica da Renata:
sp00
@danibertocchi Piclens:é um visualizador de imagens, funciona em sites como google images e flickr,bom p/ quem pesquisa imagens.