O jornalismo e os clichês da profissão

#quemnunca O jovem jornalista, recém saído da faculdade, começa a trabalhar na Redação. Passam-se uns dois ou três anos e diz: “Tudo o que aprendi sobre jornalismo foi na prática da Redação. A Redação para mim foi uma escola. Não aprendi *nada* na faculdade!”. (Coitado de seus professores, que tanto se esmeraram para debater em sala de aula as nobres questões sobre o jornalismo). Bem, mas lá pelos trinta anos (ou até menos), aquele mesmo jovem jornalista, agora um pouco mais maduro, começa a repensar seu contexto de trabalho e a reverberar por aí: “A Redação nos emburrece. Só trabalho com as mãos, não reflito mais. Meu trabalho é mecânico. Todo dia a mesma coisa, os mesmos processos. Está tudo errado. Preciso voltar à universidade. Preciso voltar a estudar. Quero fazer uma pós”. Pois é. São os clichês da profissão. Talvez de todas, né?

 

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Como escrever títulos para o jornalismo digital (ou não)

No mundo digital, os títulos são determinantes: se bem elaborados, podem trazer uma bela audiência para uma produção jornalística online; se mal preparados, podem, por outro lado, reduzir a possibilidade de acesso ao conteúdo (sobretudo via buscadores como o Google). Neste caso, ficam vagando. pelo limbo da internet. Isso porque títulos são clicáveis e indexáveis; suas palavras funcionam como tags interligadas com outras palavras, conteúdos e preferências de usuários.

Por conta disso, vale a pena observar sua anatomia e comportamento no ecossistema digital. Abaixo, apresento as fórmulas de títulos hoje consideradas de alta performance. É uma lista (não exaustiva) que nasce da observação do que vejo jorrar aos borbotões nos principais jornais, sites e portais informativos mundo afora. Se eu os considero todos bons títulos jornalísticos? Não. Mas acho importante investigá-los.

Vejamos o que anda acontecendo no jornalismo online:

  • 1 – Fórmula do paradoxo
    [coisas antagônicas funcionando bem juntas]
    Exemplos:
    Quem mais aqui quer mais diversão e menos estresse nas férias?
    Quem mais aqui quer um batom lindo e que não borra na hora do beijo?
    Como pedir demissão e ainda fazer mais dinheiro
    Como oferecer uma festa de casamento gastando pouco
  • 2 –Fórmula do mistério revelado
    [o segredo de alguma coisa difícil de conseguir]
    Exemplos:
    O segredo de uma vida sempre saudável
    O segredo para manter o peso após a dieta
    O segredo para conseguir um financiamento da casa própria
  • 3 –Título da fórmula milagrosa
    [solução de problema qualquer de uma vez por todas ou num curto espaço de tempo]
    Exemplos:
    Livre-se da enxaqueca de uma vez por todas
    Livre-se do mau hálito de uma vez por todas
    Como se livrar de um chefe chato de uma vez por todas
    Como falar espanhol como um nativo
    Como publicar um livro (e fazer dele um best-seller)
    Emagreça 5 quilos este mês
    Como montar uma festa infantil em uma semana
    Confira 5 dicas para economizar até R$ 700 em um ano na conta de luz
  • 4 –Título para não ficar de fora da conversa
    [o que toda/o mulher, homem, mãe, profissional precisa saber sobre um assunto]
    Exemplos:
    O que toda mulher precisa saber sobre orgasmo
    O que todo marido precisa saber sobre sua mulher
    10 coisas que você deveria ter em casa aos 30 anos
    5 direitos trabalhistas que todo profissional deve conhecer
    15 coisas que você não deve falar em entrevistas de emprego
  • 5 –Fórmula da advertência
    [erros que você não deve cometer]
    Exemplos:
    5 erros que pode estar cometendo no seu email sem saber
    11 erros fatais na hora de estudar para concursos públicos

***

Em tempo: sobre o assunto, recomendo a leitura: 

SALAVERRÍA, Ramón (2005) Redacción periodística en internet. Pamplona: Eunsa. (ISBN: 84-313-2259-4).
DÍAZ NOCI, Javier y SALAVERRÍA, Ramón (coords.) (2003) Manual de Redacción ciberperiodística. Barcelona: Ariel. 592 págs. (ISBN: 84-344-1297-7)
RODRIGUES, Bruno (2014). Webwriting – Redação para a Mídia Digital. Editora Atlas.

Leituras recentes

[1] #semantics Há muitos anos venho escrevendo sobre (web) semântica e comunicação digital (vejam os textos em meu site danielabertocchi.com), analisando a relação homem-algoritmos-mensagens e ressaltando a importância do olhar humano neste processo comunicacional. Bem, o exemplo abaixo evidencia o que quero dizer. O que, afinal, significa CHUCHU? Is it just “semantics”? O software não errou, foi super coerente — só não possui a sutileza e o bom senso do homem.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/08/1499347-erro-no-facebook-associa-picole-de-chuchu-a-perfil-oficial-de-alckmin.shtml

[2]  #pagenotfound‬ Veja essa: o BuzzFeed volta ao passado e apaga conteúdos já publicados. Voltam lá aos arquivos (quietinhos) e deletam o que consideram *hoje* conteúdos com pouca qualidade editorial e até com um “bad UX”. Agora imagina se um jornal ou uma revista tradicionais resolve jogar fora os seus arquivos em papel (queima tudo!) porque ponderou, ulteriormente, que suas notícias não têm mais qualidade ou foram mal diagramadas. E aí, pode?

Fonte: http://www.slate.com/articles/technology/technology/2014/08/buzzfeed_plagiarism_deleted_posts_jonah_peretti_explains.single.html

[3] #grátis Cursos online que exploram conceitos de design de interface, arquitetura de informação, usabilidade, psicologia da interação e afins… tudo pela internet e gratuitamente.

FONTE: https://www.interaction-design.org/courses

[4] #mercado-academia Cinco profs de jornalismo passam o verão (nosso inverno) mergulhados em grandes redações e então reformulam seus planos de aula com base no que observaram.

FONTE: http://www.niemanlab.org/2014/08/after-a-summer-back-in-the-newsroom-journalism-professors-are-headed-back-to-the-classroom/

[5] #eyetracking Como nossos olhos se movem para ler um site? Em “F”. Confira neste infográfico.

Fonte: http://www.digitalinformationworld.com/2014/08/eye-tracking-101-how-our-eyes-move-on-a-website-infographic.html

[6] #vidapósmoderna‬ A geração nem-nem e o Zygmunt Bauman. É sempre culpa da pós-modernidade. Texto aqui.

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/empregos-e-carreiras/noticia/2014/08/diferentes-entre-si-jovens-que-nao-trabalham-nem-estudam-desafiam-rotulo-de-geracao-nem-nem-4570197.html

[7] #foresight Steve Outing, jornalista e analista do mundo digital, publicou em seu blog uma série de estudos que utilizam métodos de “Foresight” para compreender o futuro do jornalismo e das indústrias de notícias. Neste texto, ele apresenta três possíveis cenários para o futuro do jornalismo.

Fonte: http://mediadisruptus.com/2014/08/06/scenarios-whats-likely-newspapers/

[8] #pósnausp Pensando em fazer Mestrado ou Doutorado em Comunicação na ECA-USP? Saiu o edital deste ano.

Fonte: http://www3.eca.usp.br/sites/default/files/form/ata/pos/PPGCOM%20EDITAL%202015%20PARA%20PUBLICA%C3%87%C3%83O.pdf

[9] #homepage Como costumo dizer: o Facebook é a home do seu jornal. Concorda? Texto aqui.

Fonte: http://pando.com/2014/07/24/facebook-is-no-longer-a-social-network-its-the-worlds-most-powerful-news-reader/

[10] #auladejornalismo Obra para figurar na bibliografia básica das graduações de Jornalismo. Saindo do forno: Webwriting – Redação para a mídia digital, de Bruno Rodrigues (2014).

Fonte: http://www.editoraatlas.com.br/atlas/webapp/detalhes_produto.aspx?prd_des_ean13=9788522488865

[11] #notatall Pensa só: para que manter um website se todo o seu conteúdo poderia nascer e se rentabilizar em outras plataformas — direto no Facebook, por exemplo (já que é de onde a maioria do tráfego de referência vem de qualquer maneira mesmo)?  É o que o BuzzFeed pensa: “And the future of BuzzFeed may not even be on BuzzFeed.com. One of the company’s nascent ideas, BuzzFeed Distributed, will be a team of 20 people producing content that lives entirely on other popular platforms, like Tumblr, Instagram or Snapchat.”

Fonte:  http://www.businessinsider.com/buzzfeed-and-the-future-of-media-2014-8#ixzz3A7sVdUGE

[12] #pesquisas Estudos na área da comunicação digital que acabaram de sair do forno (em língua inglesa). Compilação do Nieman Lab.

Fonte: http://www.niemanlab.org/2014/07/whats-new-in-digital-and-social-media-research-what-makes-commenters-less-civil-and-the-rise-of-digital-longform/

[13] #auladejornalismo Resultado de atividade conjunta das disciplinas de Jornalismo Online e Projetos de TV da ECA-USP: uma reportagem multimídia a crise de água em SP.

Fonte: http://www.2000eagua.com.br/

[14] #bolsadeestudo Bolsa de £6.000 (US$10.250) para um aspirante a correspondente estrangeiro passar seis semanas no exterior, pesquisando e reportando sobre uma notícia estrangeira para o jornal Times de Londres. É preciso ter domínio do inglês.

Fonte: http://ijnet.org/pt-br/opportunities/jornal-times-de-londres-oferece-bolsa-de-reportagem-internacional

[15] #modelosdenegócio “Um ano terrível para os jornais, mas um bom ano para as notícias”. Derek Thompson fala que “Não existe um ‘negócio de notícias’. Existem muitas empresas diferentes que usam vários (e, às vezes, totalmente opostos) métodos de financiamento de produção de artigos. E os poucos negócios que podemos identificar agora podem significar o início de um grupo mais vasto de modelos de publicação que não podemos sequer imaginar. Se essa evolução vai ser bom para o jornalismo é complicado dizer…”. Texto completo aqui.

Fonte: http://www.theatlantic.com/business/archive/2014/08/a-terrible-year-for-newspapers-a-great-year-for-news/375859/

Os posts acima foram publicados em minha página no FB ao longo da primeira quinzena de Agosto de 2014.

Reflexões sobre jornalismo na Compós 2014

{Belém, PA – UFPA} Os debates no GT de Jornalismo da Compós 2014 foram de altíssimo nível; muito bom estar ao lado de gente boa e competente que pensa profundamente o jornalismo (como Tattiana Teixeira, Ronaldo Henn, Fernando Resende, Suzana Barbosa, Moreno Osório,  Beatriz Becker, Mônica Machado, Ana Cláudia Peres, Diógenes Lycarião, Rousiley Maia, Maíra Sousa, Marcos Paulo da Silva, Naara Normande e Yuri Almeida).

Discutimos jornalismo online, critérios de noticiabilidade, o papel do testemunho nas narrativas jornalísticas, as crises no jornalismo, a mídia ninja, jornalismo e redes sociais, curadoria no jornalismo e mais. Os artigos estão já disponíveis nos Anais do evento.

O  paper que apresentei sobre jornalismo digital recebeu críticas lindas e proveitosas; além disso tudo, tive a chance de estar presencialmente com pesquisadores que admiro muito e ainda a oportunidade de conhecer outros que passei a admirar. Como um presente dos céus, matei a saudade de velhos amigos. No último dia em Belém, uma surpresa: um passeio num barco Hacker no rio Guamá, na Amazônia paraense, com direito a interagir com a comunidade ribeirinha, comer cacau e dar umas braçadas na água.

Mais uma leitura recomendada: Tendências no Jornalismo, mantida pelo colega Moreno Osório.

GT de Jornalismo da Compós 2014 - UFPA - Belém, PA.
GT de Jornalismo da Compós 2014 – UFPA – Belém, PA.
GT de Jornalismo da Compós 2014 - UFPA - Belém, PA.
GT de Jornalismo da Compós 2014 – UFPA – Belém, PA.
GT de Jornalismo da Compós 2014 - UFPA - Belém, PA.
GT de Jornalismo da Compós 2014 – UFPA – Belém, PA.
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GT de Jornalismo da Compós 2014 – UFPA – Belém, PA.

Para que criamos estratégias digitais no jornalismo?

Para conseguir mais likes, shares e cliques (e ganhar rios de dinheiro). Certo? Não, não somente. Quem desenha estratégias digitais para o jornalismo deveria querer um pouquinho mais que isso. Como ter o compromisso de fazer circular pela rede conteúdos e serviços relevantes (e dignos) para a sociedade. Como diz  Carlos Chaparro, o jornalismo lida com a transformação da realidade — portanto, quaisquer estratégias de visibilidade deveriam considerar tal condição.

Para saber mais: Jonathan Colman explica aqui a diferença entre estratégia de conteúdo e estratégia de marketing (além de fornecer uma robusta bibliografia sobre o tema). Paul Bradshaw fala um pouco sobre como construir estratégias online para o jornalismo neste texto aqui. Também trato do assunto na minha tese doutoral, ressaltando que o desenho das estratégias de conteúdo precisa passar pelo bom entendimento de várias disciplinas, entre elas: experiência do usuário (UX), arquitetura de informação pervasiva (ubíqua), lógica computacional e consumo informativo em redes sociais.

O desktop é o novo impresso

A chefe de operações no Financial Times, Lisa MacLeod, destacou aqui que o produto jornalístico que a Redação constrói para ser acessado via tela do computador de mesa é o novo jornal impresso (“desktop is becoming the new print”). No caso do FT, mais de 60% dos assinantes chegam ao jornal pelo celular, disse ela. No Brasil, o cenário não deve ser muito diferente, já que o celular se tornou o principal meio de acesso à internet no país (segundo um estudo realizado pela F/Nazca em parceria com o Datafolha, agora em 2014). Vale ressaltar que a leitura de jornais diariamente é hábito de apenas 6% dos brasileiros – como aponta a Pesquisa Brasileira de Mídia 2014.

O fluxo de trabalho jornalístico em O GLOBO

O Globo / Leo Martins
O Globo / Leo Martins

O jornal O GLOBO relata aqui que adotou um modo diferente de produzir conteúdo. O novo modelo de funcionamento chama-se edição contínua e a mim me parece um workflow bem próximo ao que chamaríamos de um processo pós-industrial de produção de notícias, ou seja, um processo incremental (escrevi sobre o jornalismo pós-industrial na introdução da minha tese de doutorado, caso alguém tenha interesse em saber mais).

Vale o registro :

— Os editores começam a dar expediente às 7h da manhã, com foco nos conteúdos online e também um mapeamento dos assuntos que, durante o dia, têm potencial para atrair o leitor das outras plataformas (antes, os editores chegavam à redação no começo da tarde e seu foco era a edição impressa).

— O trabalho diário é organizado a partir de três reuniões:  às 8h, um encontro com enfoque nas plataformas digitais (aqui, os editores definem os temas do dia e as apostas da web, decidem as atualizações de manhã e como elas serão distribuídas em suas equipes); ao meio-dia,  os editores analisam o andamento da produção e os temas principais da edição impressa; e às 16h é quando o jornal de papel começa a ganha uma cara: os editores propõem quais são os destaques de suas áreas e os editores-executivos elaboram a primeira página, a partir de mais uma reunião. É nela também que se define como será a homepage do site às 6h do dia seguinte.

 

Perguntas embaraçosas para quem trabalha com jornalismo digital

O vice-presidente sênior de estratégia da News Corp, Raju Narisetti, listou aqui 25 perguntas bastante delicadas que deveriam ser feitas anualmente a quem hoje trabalha em uma Redação online (editores, repórteres, diretores, gestores). São questionamentos que supostamente ajudariam a guiar o processo de disrupção e inovação no jornalismo digital.

Agrupei essas 25 perguntas por afinidade, depois expurguei algumas e, por fim, cheguei numa listinha menor com 5 questionamentos-chave que julgo serem os mais importantes no contexto brasileiro. Ninguém precisa publicamente respondê-las, naturalmente. É uma forma de fomentar uma reflexão sobre como estamos conduzindo nossos projetos jornalísticos. Vejamos:

  1. MOBILE. Quantos profissionais da sua equipe estão dedicados a produzir para mobile e/ou criar serviços e novos produtos para celulares? A propósito, qual porcentagem de seu público acessa a sua marca jornalística via smartphone e qual era esse número há um ano?
  2. PROGRAMADORES NA REDAÇÃO. Aproximadamente quantos desenvolvedores (front-end e back-end) existem trabalhando hoje na sua Redação? Quem coordena eles?
  3. CONTEÚDO E AUDIÊNCIA. Quantos usuários chegam  – e vão embora – em seu site entre cinco e dez da manhã? Que horas é a sua primeira reunião de pauta? Para Redações que empacotam impressão + assinaturas digitais, qual a porcentagem de assinantes de impressão são registrados no site ou aplicativo da marca? Você os conhece (padrão de comportamento online)?
  4. EQUIPE. Você consegue listar as cinco mais importantes medidas de desempenho (formal e previamente já escritas) usadas para avaliar a sua Redação anualmente? O que é para você uma equipe jornalística de alta performance?
  5. PUBLICIDADE. Qual porcentagem de sua receita total de publicidade é digital? Desse total, quanto é proveniente de celulares? E quando foi a última vez que sua organização de notícias lançou um formato publicitário inovador que foi vendido mais de cinco vezes para os clientes nos últimos 12 meses?

Será que me esqueci de algo relevante? Fiquem à vontade para me ajudar nessa. 🙂

Lições do ISOJ para inovar em jornalismo digital

Eduardo Suarez (@eduardosuarez), correspondente do El Mundo em Nova Iorque, publicou aqui o que ele chamou das “sete lições do ISOJ  para inovar em jornalismo digital”. Segue um resumo com meus breves comentários:

1. conhecer a sua audiência [digo eu: isso significa um mergulho profundo nos dados de acesso, uma capacidade de identificar padrões de navegação, o que (sejamos honestos) nem sempre é tarefa fácil para os jornalistas às voltas com as pautas do dia a dia];

2. a publicidade não é o único caminho [a conclusão dos participantes do congresso: é quase impossível financiar o jornalismo de qualidade somente com anúncios; mas então quais são os outros caminhos?];

3. não deixe de experimentar jamais [na minha visão, isso quer dizer um mindset “Agile“, mentalidade ainda a ser construída nas Redações];

4. escolher um nicho [mesmo se for um meio jornalístico generalista, alguns temas merecem um perspectiva vertical, de fato];

5. o fim da televisão [não vejo isso acontecendo no Brasil a curto prazo];

6. a geração milênio [aqui temos um caminho a desbravar, é uma geração na qual eu prestaria a maior atenção];

7. menos notícias e muito mais contexto [sim, sempre, mas estamos a falar disso desde 1995 (lembram das previsões de Nora Paul feitas em 1995? 🙂 Na minha dissertação de mestrado eu comentei cada uma delas].

Para saber mais sobre como foi o ISOJ, recomendo clicarem aqui: nohacefaltapapel