Fiquei sabendo via Travessias Digitais que o WSJ.com bateu recordes de tráfego recentemente. A avalanche de usuários veio por conta da crise financeira, mas, pelos vistos, eles permaneceram no site devido ao novo e impecável desenho das páginas. O editor do jornal, Alan Murray (foto), abordou este assunto em um entrevista, em vídeo, realizada para Andy Plesser, da Beet.tv.
Na conversa, Alan também fala da lógica que presidiu à criação de uma “rede social protegida”, na qual só assinantes do jornal, usando o seu nome real, podem entrar e participar.
Alan explicou que o WSJ já notou, desde já algum tempo, que há um grupo de leitores do jornal bem qualificado, engajado, que lê o jornal diariamente; e que este grupo mais “especial” teria, na concepção deles, condições de contribuir com as discussões apresentadas pelo publicação em papel. Para isso, precisariam de um espaço próprio para esta conversação.
O WSJ.com criou então um espaço online para isso, chamou de Journal Community, e determinou que as contribuições devem ocorrer apenas entre os assinantes do jornal, sem anonimato. Os usuários-assinantes, assim, aparecem com os seus nomes reais. “Nós forçamos esta “real name policy””, ele disse, “para elevar o nível da conversa”. Segundo o editor, está funcionando bem. Existem, no momento, algumas centenas de assinantes por lá. Ele falou que é um espaço mais “clean” (no sentido de não ter sujeira, creio eu).
O amigo Helder Bastos, do Travessias, disse que “A ideia de criar comunidades à volta dos ciberjornais não é nova, mas parece estar a ganhar novo fôlego. Talvez por causa do sucesso galopante das grandes redes, como Facebook, MySpace, Hi5 e outras”.
(Daniela Bertocchi)

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