Participação, envolvimento, conversações, engajamento, agregação, atenção, relacionamentos. Estas foram algumas das diversas qualificações atribuídas pelos dirigentes da mídia digital presentes ao Simpósio ao se referirem à interação com o bom e velho leitor. É possível afirmar que, atualmente, uma das chaves para a inovação na mídia digital se dá por meio das diferentes ferramentas de participação e envolvimento dos usuários. É conhecendo o leitor, se envolvendo com ele, respondendo às suas questões que se detectam tendências e se investe e inovação, já que o usuário típico da mídia digital é um early adopter.
A construção de relacionamentos e comunidades não é um processo simples. Exige tempo, recursos e, na maioria das vezes, a empresa jornalística e a redação especialmente não estão preparadas para isso. António Granado, do jornal O Público, de Portugal completa esta visão reafirmando a mudança do perfil do atual leitor: ele precisa de atenção e quer respostas imediatas.
Aproximar-se do leitor, construir comunidades não significa apenas oferecer ferramentas no website. São conhecidos e fartos os exemplos de operações digitais que oferecem áreas de blogs, espaços para comentários, recomendações de conteúdos, criação de redes de interesses, compartilhamento de fotos, vídeos, entre outros. As grandes questões são: como a redação pode se aproveitar do imenso volume de dados e informações explícitas e contextuais que circulam por estas áreas; quem se envolve com isso; como manter em fluxo contínuo todo esse processo.
As discussões apresentadas no Simpósio foram instrutivas: de alguma maneira toda a redação precisa estar envolvida com o tema participação; há que se ter pelo menos um profissional em tempo integral dedicado à gestão do relacionamento com comunidades – é o chamado social media champion.
Beth, que ótima a discussão. Também considero fundamental a existência de um perfil desses dentro da esfera de decisões da redação.