Esta é a manchete principal do jornal gratuito Destak de hoje comentando a pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido da agência de publicidade F/Nazca Saatchi & Saatchi.
O que mais impressiona não são esses números, e sim o fato dela constatar que a internet não é mais “coisa de rico”, tendo uma grande penetração nas classes C, D e E. Em minha opinião, orkuts, fotologs e outras ferramentas sociais têm – felizmente – muita culpa nisso.
Outro dado importante é que 42% dos entrevistados afirmaram já ter publicado conteúdo próprio na web. A maioria publica apenas conteúdos com o fim de relacionamento (fotos, por exemplo). Apenas 5% afirmou já ter publicado notícias ou histórias. De qualquer forma, isso contradiz a regra do 1% que comentamos aqui em março deste ano.
De todo modo, essa é uma tendência a qual precisamos nos atentar. Pois os maiores colaboradores, de acordo com a pesquisa, são aqueles entre 16 e 24 anos. Em poucos anos, esse público ficará mais velho e serão eles os maiores compradores e consumidores de notícias; eles terão um peso no bolo financeiro do mercado de comunicação bastante considerável. Entretanto, como também já vimos antes, os veículos de comunicação ainda estão patinando em iniciativas que atendam o comportamento desse público na internet.
Para quem quiser mais informações, no site da agência há um texto mais detalhado e uma apresentação com os gráficos da pesquisa.
Esse número é absolutamente fantástico, principalmente para nós, que acompanhamos a Internet desde o lançamento – fato que iremos contar as nossos netos e eles acharão incrível.
Certamente é um número ainda pequeno se pensarmos na totalidade da população brasileira – oficialmente, mais de 180 milhões de pessoas. Mas já é um número bastante importante, especialmente por esse dado da publicação de conteúdo. Não é de hoje que se diz que o público consumidor de notícias está mudando e em breveo povo do orkut, fotolog e a grande massa de blogs estará consumindo notícias, mídia. E consumirá aquela que melhor atender. Será que temos algum veículo de fato preparado para isso?
Ainda assim e apesar do sucesso dos conteúdos gerados pelo consumidor, há muita gente que ainda ignora essa tendência.
É pensando assim que 88% dos participantes de uma pesquisa feita pela revista PR Week vêem as mídias geradas pelos usuários.
A pesquisa foi feita pela publicação norte-americana com 279 graduados executivos de marketing americanos.
O que me chama a atenção nesta pesquisa divulgada na coluna do Luiz Marinho, no site BlueBus, é que o desafio proposto pela internet ainda não foi assimilado pela maioria dos profissionais de marketing. Como o Marinho diz, a maioria é conservadora e a internet impõe a necessidade de aprender conceitos novos.
A pesquisa ainda apontou que a principal estratégia dos marqueteiros americanos em relação às novas mídias estão restritas à construção de um site, item básico na websfera.
O comportamento americano, no entanto, pode ser explicado pela cultura rígida de controle que as empresas do Tio Sam têm. Muitos desses executivos pesquisados acreditam que a opinião do consumidor muitas vezes atrapalha na definição das estratégias de comunicação das corporações.
Mesmo assim, e ainda bem, várias empresas têm apostado no YouTube, na colaboração de seus clientes, dão ouvidos a que dizem sobre elas nos blogs, nas comunidades de relacionamento e afins.
Tudo isso porque a internet é segmentada e fragmentada. Há inúmeras possibilidades de ações que podem ser feitas só na web.
A segmentação pode ser entendida como a diversidade de blogs, sites e ferramentas com temas e audiências dirigidas.
Já a fragmentação pode ser explicada como a variedade e a quantidade de opções disponíveis em cada meio de comunicação. Um post no blog Coxa Creme bem resume isso: “a TV tem mais canais, o rádio mais estações, temos mais revistas e mais jornais. E aí entra a Internet e eleva essa história de fragmentação a décima potência”.
Os que realmente apostam na web, não se resumem aos grandes portais ou aos gigantes da busca. Um outro exemplo do CoxaCreme vem da agência interativa Avenue A/Razorfish que chega a comprar mídia em mais de 860 sites diferentes em um período de um ano, o que representa algo bem mais significativo que o comum.
E o investimento mais dirigido pode ser mais oneroso em termos de CPM (custo por mil impressões), mas também é mais relevante, gera mais impacto. Exemplo: uma vendedora de bolsas artesanais pode investir em mídia contemplando blogs e comunidades de mulheres com o perfil do produto.
Em suma tiram-se duas conclusões: não há como ignorar o conteúdo gerado pelo consumidor e, a partir do momento em que ele começa a influenciar uma rede de outros internautas com perfil semelhante, pode até interessar aos anunciantes que pretendem atingir aquele target.
Excelente e oportuno o post , mostra um Brasil diferente das estatisticas oficiais. Alem do mais os conteudos gerados pelos consumidores podem construir imagem e reputaçao das empresas. Vejam so :
Os conteúdos gerados pelo consumidores já influenciam os mercados de produtos e serviços e estão transformando as rela coes entre empresa e clientes , os dados a seguir endossam o conceito de que a voz dos consumidores move os mercados.Os mercados são pessoas e as pessoas conversam. O axioma é Mercados são Conversas . Conversas constroem e destroem reputação e imagem das empresas.Reputação e Imagem positiva são ativos que aumentam o valor para os acionistas.
Senão vejamos :
71% dos consumidores online lêem comentários de opinião sobre produtos e serviços “postados” na Internet.(Forrester)
77% dos internautas que fazem compras online usam os e iamgeme comentários sobre os produtos feitas por consumidores são extremamente úteis e facilitam a sua decisão de compras (eTailing Group)
63% dos consumidores declaram que estão mais propensos a comprar em sites que tem criticas e comentários sobre os produtos , bem como o rating de satisfação dos clientes . (CompUSA & iPerceptions study)
Para aqueles que fazem a sua primeira compra na Internet , 42% declaram que o “rating” e comentários sobre os produtos são decisivos para realizarem a sua compra na Internet. (Foresee Results Study, 2006))
Quando perguntados qual a fonte mais confiável de informação, 60% dos compradores online no Canada , afirmaram as criticas e comentários dos consumidores e 31 % que confiavam em anúncios publicados em jornais e revista.
(J.C. Williams Group for Visa and Yahoo Canada).
O que parece estamos voltando com a Internet aos fundamento dos negocios : Mercado são Conversas. Conversas dos Vendedores com os Clientes , clientes conversam com clientes. Você sao imaginou algum negocio sem conversas. Os anuncios em jornais e revistas tambem sao conversas , so que agora as conversas aumentaram com os conteudos gerados pelos consumidores