O iG está de cara nova, de novo. Talvez seja o portal que mais testa novos formatos de “venda de conteúdo” entre os grandes brasileiros. Experimentar é saudável, mas muitos ainda têm a imagem de uma home do iG poluída, com pop-ups explodindo por todos os lados. A home de hoje está sóbria, branco sujo na linguagem fashionista, e sem pop-ups! Um grande diferencial, sem dúvida.
O que mais chama atenção é links para blogs especializados, cada vez mais comum dentro da blogosfera e dos jornais online. Todos os dias ouço mais e mais jornalistas recorrendo a esse modelo de comunicação para furarem os colegas, para desovarem notinhas que não caberiam num jornal ou numa revista… O grande espaço digital venceu. Blogueiros pedem ainda mais espaço para comentários na mesma velocidade com que param de postar intimidados por respostas agressivas aos seus textos.
Soube que na coletiva do iG, para anunciar a nova página, blog foi palavra constante. Colunistas como Erika Palomino e Gloria Kalil devem transpor o conteúdo de seus sites para essa plataforma. A independência editorial é a regra do momento na rua Amauri. E o que será do Último Segundo, que já incomodou a concorrência com seus repórteres multimídia espalhados pela cidade? O futuro é virar blog? Recheado de jornalistas especializados e notícias de agências? Faz sentido… tudo a ver com a diminuição de pessoal nas redações e a transposição da credibilidade dos figurões do jornalismo para a internet.
Um momento de glória a mais para as ferramentas de blog, mas se essa premonição se concretizar, um momento a mais de baixa nas redações online.
Ana, importante observação. Já andam dizendo que o blog é uma mídia temporária, de transição. Pode ser, mas que já está causando mais barulho que o previsto em jornalismo, está.