Jânio de Freitas escreve neste domingo no jornal FSP que a mídia valoriza mais as crianças de Beslan que as do Iraque. Afinal, “no Iraque e na África as mortes de crianças não recebem mais do que o tratamento noticioso dispensado a um acidente de trânsito”. Um trechinho do artigo:
“Uma recomendação do jornalismo em todo o mundo: crianças, morram simultaneamente, às dezenas, às centenas, aos milhares, não importa, mas que sejam mortes simultâneas, para que mortes monstruosas de crianças choquem de comoção a sociedade humana e seus jornais, televisões e rádios – a sua voz, dizem.”
(A íntegra do texto foi enviada para o Intermezzo-lista).
Acho que a midia valoriza mais o que é diferente, novidade (boa ou ruim) em relacao ao estado/situacao atual. O que é corriqueiro / comum aparece pouco. Tambem ha outras questoes envolvidas, patriotismo, marketing etc. Mas transformar o corriqueiro/comum numa novidade/noticia interessante tambem é importante (vide as 1000 mortes destacadas no NY, como “novidade” que sao as fotos de todos).