“AMI-GAMES” PLANETÁRIOS: AS NOVAS RELAÇÕES VIRTUAIS

Novos jogos on-lines mudam o quadro nas LAN houses. Hoje o barato é jogar com alguém na rede que pode estar em outra LAN do outro lado da cidade ou em outro continente. Matéria no Folhateen desta segunda, 28/6, de Leandro Fortino, dá conta desta nova tendência na qual os jogos online formam cada vez mais a cena da galera que não tira o pé das casas de jogos de computador.

Lembra do antigo RPG? Pois é. Agora sua versão on-line é o que é mais procurado. O RPG on-line é o Massive Multiplayer Online RPG, ou MMORPG.

Para André Vaisman, que complementa a matéria, os novos jogos com milhares de jogadores simultâneos sugere a concretização de algo semelhante a uma Matrix on-line.

Fortino entrevista um dos adeptos dos novos jogos, Alexandre Guilherme, 19: “É um jeito de conhecer pessoas, mas as amizades não duram. … São mais camaradas do que amigos. Prefiro chamá-los de amigos territoriais”.

Será o conceito mais adequado? A descrição mais adequada não seria amigos não-territoriais? Afinal, justamente se perdeu aqui a base territorial, o espaço físico comum: a rua, o bairro ou a escola. A maioria se conhece por nicknames e a maior parte das amizades não ultrapassa o campo virtual.

Desde tempos imemoriais, os jogos vem sendo uma base para formar relações interpessoais. Jogos têm sido uma base comum para amarrar o tecido social de grupos sociais diversos, quando não de um povo ou até de uma nação.

O futebol estaria para o Brasil-nação assim como os jogos on-line para as novas gerações que se conectam à distância de qualquer lugar do planeta?

Poderíamos pensar para estes “amigos-games” num neologismo como os ami-games?