EXISTEM OS QUE FAZEM E OS QUE ENSINAM ?
Reproduzo abaixo alguns excertos do artigo “Professores de jornalismo nas redações“, de Antonio Brasil, publicado no Comunique-se (30/04/04):
# “Você tem dois tipos de jornalistas. Os que fazem jornalismo e os que ensinam. Escolha.” (Helio Costa). E imaginar que essa “pérola” do preconceito contra os professores de jornalismo foi proferida por um jornalista e senador da República aqui mesmo no nosso Comunique-se na última quarta-feira. A declaração faz parte de uma entrevista coletiva online com título sutil e enigmático: “Ética é ética” (sic). Pasmem!
# Mas ainda tem mais. Paulo Markun, comentarista do TV Terra, âncora da TV Cultura e diretor da Agência Deadline (…) declarou que “nas faculdades de jornalismo, todos os alunos têm bloggers e não lêem jornais, e os professores não têm a menor idéia do que seja um blog e Internet“, completa.
# Mas o que seria um “bom” professor de jornalismo? Como poderíamos recrutar e preparar jornalistas competentes e experientes para se tornarem bons professores de jornalismo? O problema é que muitos desses profissionais que ainda estão na “ativa” também são muito disputados pelo “mercado”. Eles não costumam se interessar pelos baixos salários oferecidos pelas nossas universidades.
# A questão relevante é como incentivar a prática do jornalismo dentro das nossas universidades? Como evitar que alguns “velhos” jornalistas, alguns deles, hoje, excelentes professores, continuem vivendo em um mundo de saudosismos e “linotipos”? Como “reciclar” os nossos professores de jornalismo, principalmente aqueles responsáveis pelas disciplinas importantes como “telejornalismo” ou áreas novas e experimentais como jornalismo online?